Males que ensinam mudanças
Muitas coisas acontecem para que possamos refletir sobre nossas atitudes. A mudança de comportamento nos levará para a resolução de todos os problemas. Podemos tomar como exemplo qualquer coisa. Escolhi falar um pouco sobre um problema que surge todo ano: a dengue.
Como todos já sabem a dengue é transmitida por um mosquito fêmea (Aedes aegypti) infectado. Este mosquito, uma vez infectado, pode contagiar até 300 pessoas com o vírus da dengue causando sintomas de febre, dor nas articulações, nos músculos, atrás dos olhos, dor de cabeça, coceira, desidratação e vermelhidão no corpo. A dengue pode manifestar-se com 4 tipos virais diferentes. A gravidade aumenta para quem já foi infectado uma vez, pois o próximo contagio será por outro tipo viral da dengue, podendo levar a morte. A partir desta situação, todos criam um foco devastador sobre o mosquito da dengue. O que ninguém parou para pensar é que a culpa não é do mosquito que cumpre a ordem biológica das coisas. O mosquito é um vetor da doença. A culpa é nossa que oferecemos meios para que se reproduzam e não tomamos uma atitude para que esse quadro diminua. Se nossa ação no combate à dengue for eficaz, certamente o número de ovos diminuíram e o número de pessoas infectadas também. As ações são simples e cada um pode fazer a sua parte, não deixando água acumulada, não deixando formar lodo em vasos, fechando bem a caixa d´água, entre muitos outros.
É inacreditável, mas ainda existem pessoas que jogam lixos nas ruas e cultivam meios, em suas casas, para que o mosquito possa se reproduzir. O trabalho da equipe de saúde, além do tratamento, é o de levar a educação para essas pessoas mas infelizmente, algumas são resistentes nesta colaboração.
Se cada um fizer a sua parte, irá refletir em uma melhoria grandiosa para sua família, se cada família fizer sua parte, teremos um grande reflexo no seu bairro, se todos os bairros colaborarem com esta conscientização, a sua cidade terá números isolados deste tipo de contágio. Agora, imaginem se todas as cidades fizerem isto? Então a melhoria passa a atuar em níveis estatais, em países e enfim mundial.
Acredito, também, na visão integral das coisas. Uma simples praga, como a dengue pode nos ensinar muitas coisas sobre nosso comportamento e respeito com o nosso irmão, vizinhos, amigos e com o planeta. Assim, como existe na luz as bênçãos que se propagam através de “vetores” também existe, proporcional à luz, as trevas que se utilizam de alguns “vetores” para propagar algumas maldições. Essas pragas trazem doenças que fazem varreduras em nosso sistema, trazendo muitas mortes. Todos podemos ser vetores também. Sejamos, então, vetores de luz e que possamos contagiar muito mais que 300 pessoas com amor, consciência , respeito e colaboração.
Uma doença, por mais dolorosa e complicada que seja, pode nos ensinar a sermos mais unidos, mais responsáveis, mais atentos, mais respeitosos, mais dedicados, mais integrados e com isto provocar mudanças em nossos hábitos de vida.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, revelou o seguinte:
Com isto podemos compreender claramente que o maior responsável por prolongar nossas vidas, somos nós mesmo a partir da mudança em nossos hábitos e estilos de vida.
A reforma é íntima mas as consequências são coletivas.